AMANHÃ, ÀS 18:30, NA BIBLIOTECA NACIONAL: CONFERÊNCIA DE JOSÉ EDUARDO FRANCO: “MODERNIZAR O QUE É OBSOLETO E ILUMINAR O QUE É OBSCURO: TENTATIVAS DE REFORMAR E HUMANIZAR A INQUISIÇÃO ENTRE POMBAL E O LIBERALISMO”

09-11-2015 11:01

A Biblioteca Nacional de Portugal assinala os 250 anos do nascimento de Bocage com a exposição Da inquietude à transgressão: eis Bocage…, comissariada por Daniel Pires, e uma série de conferências sobre o poeta.

Neste âmbito, no próximo dia 10 de Novembro, às 18:30, no Auditório da BNP, José Eduardo Franco apresenta uma conferência subordinada ao tema “Modernizar o que é obsoleto e iluminar o que é obscuro: Tentativas de reformar e humanizar a Inquisição entre Pombal e o Liberalismo”.

A instituição do Tribunal do Santo Ofício em Portugal começou desde cedo a ser entendida por inteletuais mais críticos e esclarecidos como um “corpo estranho” ou como um organismo hipertrofiado no seio da Igreja e do Reino de Portugal. O egresso dominicano  Fernando Oliveira no século XVI e o jesuíta António Vieira no século XVII foram alguns desses ousados críticos da Inquisição que consideraram este tribunal como anticristão e pouco benéfico para a edificação da Igreja Católica e de uma sociedade cristã mais harmónica, de fé autêntica pela adesão livre. Estas vozes pioneiras anti-inquisitoriais foram engrossadas por uma corrente fortemente crítica que atingiu o acme no século das Luzes e na viragem para  século XIX.

Com a sua conferência, José Eduardo Franco pretende analisar de forma sucinta as grandes críticas à Inquisição portuguesa e as propostas reformistas avançadas para reformar e “humanizar” este tribunal, especialmente a partir da segunda metade do século XVIII. Essas reformas pré-anunciaram o fim desta instituição judicial no início da terceira década do século do Liberalismo.