Clássicos de Setúbal

23-05-2014 19:08

Tendo como finalidade divulgar textos fundamentais para a história de Setúbal, tem o Centro de Estudos Bocageanos vindo a publicar a colecção "Clássicos de Setúbal".

 

"Setúbal após o Terramoto de 1755 – as informações paroquiais de 1758", obra transcrita, anotada e prefaciada por Rogério Claro, deu início à colecção, dando a conhecer preciosas informações sobre a grande tragédia que atingiu Setúbal em 1 de Novembro de 1755.


O segundo volume foi "Em Ferros d'El-Rey", de Paulino de Oliveira, membro do Partido Republicano. Em 1890, na sequência do Ultimatum, ocorreu na cidade uma greve. Chamadas as forças policiais que se encontravam em Lisboa, houve confrontos, dos quais resultaram vários feridos graves e um morto. Devido à veemência dos seus protestos, aquele escritor foi condenado a 30 dias de prisão. Nesta obra, narra essa dolorosa experiência.


"Setúbal, Palmela e Azeitão Vistas por Estrangeiros – A Época de Bocage", foi o terceiro volume, com organização, prefácio e notas de Daniel Pires. Este livro reúne um conjunto de testemunhos escritos por viajantes que demandaram esta região entre 1766 e 1800, datas que se situam no período (1765-1805) em que o famoso poeta sadino viveu.


O quarto volume fala-nos do confronto entre o marquês de Pombal e os jesuítas que teve o seu epílogo com a condenação do padre Gabriel Malagrida (1689-1761) ao garrote e à fogueira da Inquisição na Praça do Rossio, em Lisboa. Reconstituir esse episódio foi o que levou Daniel Pires (1951) a escrever "Padre Gabriel Malagrida: O Último Condenado ao Fogo da Inquisição".


"O Marquês de Pombal, o Terramoto de 1755 em Setúbal e o Padre Malagrida" de Daniel Pires, é o quinto volume da colecção "Clássicos de Setúbal". As consequências do terramoto de 1755 em Setúbal são o pano de fundo diante do qual decorre a trama que opõe Malagrida e os jesuítas ao ministro Sebastião José de Carvalho e Melo.


"Panorama de uma História Local no Feminino" de Anita Vilar, é o sexto volume da colecção. É um verdadeiro dicionário histórico das mulheres ligadas à cidade de Setúbal.


Com organização, prefácio e notas de Álvaro Arranja,  "A Batalha do Viso e a Revolta da Patuleia em Setúbal", revela-nos um texto oitocentista de Almeida Carvalho, sobre um momento decisivo para a revolta da Patuleia em 1847, momento de explosão do protesto popular contra o governo de Costa Cabral na origem de uma guerra civil que se estendeu por todo o país.

Agostinho da Silva em Sesimbra, oitavo volume da colecção, da autoria de Pedro Martins e António Reis Marques, dá a conhecer a presença do filósofo naquela vila piscatória, onde tinha a sua segunda habitação, a amizade que ali manteve com vultos como António Telmo e Rafael Monteiro, e os actos, gestos e projectos que dedicou a Sesimbra. Inclui, pela primeira vez em livro, a derradeira entrevista de Agostinho da Silva.