![](https://ab00b01952.cbaul-cdnwnd.com/9fa14fec71c864b4231b4178a1b64dc1/200000063-154ea164a4/unnamed (20).jpg)
A Biblioteca Nacional de Portugal assinala os 250 anos do nascimento de Bocage com a exposição Da inquietude à transgressão: eis Bocage…, comissariada por Daniel Pires, e uma série de conferências sobre o poeta.
Esta conferência será apresentada por Rui Sousa:
O Surrealismo em Portugal, à semelhança do que ocorreu com o seu homólogo francês, manteve um permanente diálogo com o passado, no que respeita à recuperação e releitura de autores considerados como precursores do olhar libertino que nos parece ter caracterizado a sua postura e as manifestações dinâmicas do seu pensamento profundamente crítico.
Pela natureza dos ideais expressos em alguns dos seus poemas e pelo imaginário poetico subjacente ao seu percurso acidentado, Bocage não poderia estar ausente do movimento genealógico concretizado nos textos e antologias coordenadas por autores ligados ao movimento surrealista português.
Nesta comunicação, Rui Sousa procurará dar a conhecer algumas dessas referências a Elmano Sadino, com destaque para o que dele diz Mário Cesariny em Horta de Literatura de Cordel e para o lugar estratégico que ocupou na definição de uma determinada atitude de oposição, em textos de autores como Ernesto Sampaio e Luiz Pacheco.