No próximo sábado, 9 de Novembro, realiza-se o colóquio «No Centenário do jornal A Batalha e da CGT».
O evento decorre na Casa da Cultura de Setúbal, a partir das 16 horas.
É organizado pelo Centro de Estudos Bocageanos e tem o seguinte programa:
- João Santiago fala sobre «O homem anarcosindicalista»
- Álvaro Arranja sobre «Os anos 20 nas páginas de A Batalha (da I República à Ditadura)»
- Daniel Pires sobre «O Suplemento Literário de A Batalha»
- Eduardo de Sousa apresenta a reedição pela Letra Livre do livro de Jacinto Baptista, Surgindo Vem ao Longe a Nova Aurora- para a história do diário sindicalista A Batalha
- Manuel Henrique Figueira apresenta uma entrevista com Emídio Santana

A 23 de Fevereiro de 1919 surge o primeiro número do jornal A Batalha, “porta-voz da organização operária” e, a partir de Setembro de 1919, data da fundação da CGT, órgão da central operária anarco-sindicalista. Alexandre Vieira, operário tipógrafo, foi o seu primeiro diretor.
A Batalha viu muitas vezes a sua redação invadida pela polícia, edições apreendidas e os seus jornalistas presos, mas continuará a publicar-se até ao dia 27 de Maio de 1927, quando a polícia da ditadura militar invade a sua sede (na Calçada do Combro, em Lisboa), destrói e saqueia todo o equipamento e o jornal é proibido.
No dia 21 de Setembro de 1919, em Lisboa, toma posse o primeiro Comité Confederal da CGT (Confederação Geral do Trabalho) eleito no Congresso de Coimbra, constituído por um elemento do Calçado, Couros e Peles, dois dos Metalúrgicos, um da Construção Civil, um dos Marítimos e um dos Gráficos; à frente do órgão executivo da Confederação, o operário sapateiro Manuel Joaquim de Sousa.
